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Taxa de infecção em UTIs do DF abaixo da média nacional

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(Foto: Breno Esaki)

Melhoria na prevenção de infecções em hospitais

Brasília, 25 de abril de 2024 – O Distrito Federal apresenta índices de infecção nas unidades de terapia intensiva (UTIs) abaixo da média nacional, conforme revelado pelo relatório da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A taxa média de infecção, que abrange hospitais da rede pública, complementar e unidades de administração militar, indica uma significativa melhoria em relação aos anos anteriores.

“Infecções relacionadas à assistência e resistência microbiana são consideradas emergências de saúde pública. Preveni-las requer responsabilidade e dedicação”, afirma Fabiana de Mattos Rodrigues, gerente de Risco em Serviços de Saúde (GRSS) da Vigilância Sanitária.

Segundo Rodrigues, todos os 41 hospitais com UTIs no Distrito Federal já forneceram dados à Divisa. A meta estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) era alcançar um índice de 95% no próximo ano.

Evolução nos índices

Os resultados indicam uma evolução positiva. Em 2023, a média de registros de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) nas UTIs do DF foi de 4,3 por cada 1 mil pacientes por dia de internação, abaixo do pico de 7 registrado em 2021. Em 2022, esse número havia caído para 5,5, ainda abaixo da média nacional de 12,5.

Para infecções do trato urinário associadas a cateter vesical de demora (ITU-AC), a média do DF diminuiu de 3,2 em 2014 para 1 em 2023. A média nacional em 2022 foi de 3,5. Quanto à infecção primária de corrente sanguínea associada a cateter central (IPCSL), em 2022 a média nacional foi de 4, enquanto a do DF foi de 2,4. Em 2023, o índice local caiu para 2,2.

Trabalho contínuo

Apesar das melhorias, Rodrigues ressalta a importância da vigilância contínua. “Precisamos sempre do esforço das equipes hospitalares e do acompanhamento constante”, destaca. A preocupação persiste com as “superbactérias” e a propagação de infecções que poderiam levar ao fechamento de alas inteiras de hospitais em caso de surtos.

A Divisa realiza análises detalhadas dos dados reportados e mantém comunicação próxima com os serviços de controle de infecção hospitalar de cada estabelecimento. Unidades que não cumprem a legislação estão sujeitas a sanções.

Um exemplo desse trabalho é o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde treinamentos regulares são oferecidos a todos os envolvidos na assistência. Franciely Pabline, chefe do núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do HRC, destaca o cuidado diário com os pacientes ocupantes dos 359 leitos do hospital, incluindo UTIs, enfermarias e outros setores.

Desafios e cuidados

Os números do HRC evidenciam o desafio enfrentado: em 2023, o hospital registrou mais de 77 mil atendimentos na emergência, 6,1 mil cirurgias na internação, 2,5 mil diárias de UTIs e quase 4 mil partos. Cada alta hospitalar é seguida por uma limpeza terminal, que inclui troca e higienização de roupas de cama e desinfecção de todas as superfícies.

Medidas como troca de roupas antes de entrar em áreas críticas, oferta de álcool em gel e uso de máscaras são implementadas para evitar infecções dentro do hospital.

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