No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, cardiologista alerta para cuidados com a saúde cardiovascular feminina
A médica pontua que o alto índice de mortes alerta para a necessidade de realização de exames e cuidados preventivos por parte da população feminina. De acordo com a profissional, caso a paciente não tenha histórico de doenças cardíacas na família, ainda que não sinta nada, é interessante realizar a primeira visita ao especialista por volta dos 30 anos. “Somente com a consulta o cardiologista poderá, além de aferir a pressão arterial, solicitar a realização de exames laboratoriais e de imagem que possam apontar qualquer alteração.É preciso cuidado e conscientização sobre a importância desse acompanhamento”, acrescenta Maria Cristina.
Para a cirurgiã cardiovascular do ICTCor, os principais fatores que prejudicam o bom funcionamento do coração e, consequentemente, podem levar a alterações de suas funções já são bastante conhecidos da sociedade. “A má alimentação, o fumo e o sedentarismo são grandes vilões para a saúde do coração”, alerta a cardiologista. “Além deles, as doenças crônicas, como, por exemplo, hipertensão e diabetes também podem agravar a situação”, conforme explica Rezende.
A cirurgiã ainda ressalta que as mulheres precisam ter atenção, também, com as alterações hormonais ao longo da vida, como, por exemplo, durante a gestação ou menopausa.
“Há combinações que podem ser extremamente perigosas para a saúde do coração. Entre elas podemos citar o cigarro e a pílula anticoncepcional, a falta de atividade física e a dieta inadequada, que levam ao sobrepeso e à obesidade ou, ainda, a ingestão excessiva de bebida alcoólica. Tudo isso, quando feito de forma descontrolada, gera riscos cardiovasculares. Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar de forma natural. Portanto, quanto mais cedo for feito o controle, maior será a chance de prevenir, identificar e tratar as alterações cardíacas”, defende Maria Cristina Resende.
Saiba Mais
- Em 2019, foram registrados na rede pública de saúde do Distrito Federal, 1803 óbitos por doenças cardiovasculares entre homens e mulheres. Em 2020 foram 2.424 ocorrências para ambos os sexos;
- Segundo a Secretária de Saúde do DF, as principais causas foram parada cardíaca não especificada (com 1245 casos em 2019 e 1959 casos em 2020), insuficiência cardíaca ( com 191 casos em 2019 e 135 casos em 2020) e infartos (com 74 casos em 2019 e 71 casos em 2020).