Consórcio Catedral assume operação por 20 anos; primeiros serviços incluem manutenção de escadas rolantes, segurança e acessibilidade
Brasília, 30 de maio de 2025 – Pela primeira vez desde a sua inauguração, há quase 65 anos, a Rodoviária do Plano Piloto deixa de ser administrada diretamente pelo poder público. A partir deste domingo (1º), o Consórcio Catedral assume oficialmente a gestão do terminal, com a missão de investir R$ 120 milhões em melhorias estruturais, tecnológicas e de atendimento ao público ao longo dos próximos 20 anos.
Vencedora de uma concorrência nacional, a empresa ficará responsável pela recuperação, modernização e conservação do terminal, além da manutenção do sistema operacional e de comunicação com os usuários. “As primeiras melhorias que a população deverá notar é a recuperação de equipamentos como as escadas rolantes e elevadores, além do aspecto de segurança e organização do terminal”, afirmou o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves.
Segundo ele, a concessão permitirá que a rodoviária receba, nos próximos anos, uma série de obras estruturantes, incluindo uma nova estação do BRT. “Será uma rodoviária mais segura e eficiente nos serviços prestados ao cidadão, do jeito que a capital do país precisa e a população merece”, destacou o secretário.
Melhorias já em andamento
Nos últimos 90 dias, o consórcio atuou em gestão compartilhada com o GDF e deu início a uma série de melhorias. Entre elas está a implantação de uma sala multissensorial, ambiente acolhedor projetado para atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências. A estrutura oferece conforto com iluminação e mobiliário adequados, além de espaços para amamentação e descanso. A sinalização e o funcionamento completo da sala devem ocorrer nos próximos dias.
Outra iniciativa já implantada é a sala de controle operacional, equipada com videomonitoramento e integrada à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). O sistema inclui câmeras com reconhecimento facial, permitindo maior controle e segurança no terminal, inclusive com a identificação de pessoas procuradas pela Justiça.
Também está em fase de finalização a manutenção de escadas rolantes e elevadores, atendendo à demanda antiga dos usuários e promovendo mais acessibilidade no espaço.
Cronograma de investimentos
De acordo com o contrato, os investimentos estão divididos em etapas ao longo de seis anos:
-
Primeiros 2 anos: R$ 7 milhões para infraestrutura de estacionamentos e modernização do sistema operacional.
-
Até 3 anos: R$ 57,7 milhões em reformas do prédio.
-
Até 4 anos: R$ 54,9 milhões para a recuperação e modernização completa da estrutura.
O complexo concedido também inclui os estacionamentos próximos ao Conjunto Nacional e ao Conic, que somam 2.902 vagas rotativas e passarão a ser explorados diretamente pela concessionária ou por empresas terceirizadas.
Valor de outorga e receita
Além dos investimentos diretos, o Consórcio Catedral pagará ao Governo do Distrito Federal (GDF) o equivalente a 12,33% da receita bruta gerada com a operação da rodoviária. O pagamento será feito anualmente durante os 20 anos da concessão.
As receitas da concessionária virão, principalmente, da locação de espaços comerciais, publicidade, e gestão dos estacionamentos rotativos.
A concessão marca um novo capítulo na história da principal central de transporte público do Distrito Federal, que atende diariamente mais de 700 mil pessoas, segundo dados do GDF. A expectativa é que, com os investimentos e a modernização, a Rodoviária do Plano Piloto se torne um ambiente mais seguro, confortável e eficiente para os usuários.
