Avanços na prevenção refletem redução de 9,8 para 7,3 casos por 100 mil habitantes entre 2018 e 2022
Da Redação
Brasília, 27 de dezembro de 2023 – Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), houve uma significativa queda nos casos de infecção pelo HIV e de Aids no Distrito Federal. Os números diminuíram de 9,8 para 7,3 casos por 100 mil habitantes no período de 2018 a 2022.
Esse declínio é resultado direto da política de saúde pública do DF, que concentra esforços na oferta gratuita de métodos de prevenção do vírus nas unidades básicas de saúde (UBSs) e nos serviços especializados.
O sistema de saúde prioriza uma abordagem de prevenção combinada, integrando estratégias adaptadas ao contexto social de cada indivíduo. “Na rede pública, todas as pessoas sexualmente ativas têm acesso a meios para evitar a infecção pelo HIV”, destaca o médico Sergio d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids da SES-DF. “Quem busca informações ou acesso aos serviços pode encontrar orientação na UBS mais próxima de sua residência ou trabalho. Os métodos de prevenção estão disponíveis para evitar a transmissão”.
Nas UBSs, é possível obter preservativos internos e externos – métodos conhecidos para evitar a infecção durante relações sexuais – além de testes rápidos e profilaxia pós-exposição (PEP), recomendada para situações de emergência após uma relação sexual desprotegida ou em casos de violência sexual e acidentes ocupacionais.
A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que envolve o uso diário de medicamentos antirretrovirais, está disponível no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e em algumas policlínicas. No próximo ano, o medicamento será oferecido também nas UBSs. Desde 2018, 3.237 usuários iniciaram a PrEP no DF.
Mulheres soropositivas grávidas têm à disposição tratamento antirretroviral que reduz a carga viral, prevenindo a transmissão do vírus para os filhos. Sergio d’Avila enfatiza o avanço nesse campo: “O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos anos. O DF, que recebeu o selo prata na última certificação do Ministério da Saúde em 1º de dezembro, apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão vertical”.