Anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira no Recanto das Emas
Brasília, 6 de maio de 2025 — Mulheres em situação de violência e com medida protetiva terão acesso gratuito ao transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha nesta terça-feira (6), durante a inauguração do novo Centro de Referência da Mulher Brasileira (CRMB), no Recanto das Emas. A medida garante o Passe Livre para facilitar o deslocamento dessas mulheres até os serviços de acolhimento e proteção oferecidos pelo governo.
“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”
A iniciativa também prevê o fortalecimento da rede de serviços voltados à mulher, com atendimento psicológico, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento ao mercado de trabalho. O modelo descentralizado das novas unidades busca aproximar os serviços da população, especialmente em regiões com altos índices de violência, como Sol Nascente e Ceilândia.
De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, o Passe Livre é uma resposta a uma demanda concreta das assistidas. “O atendimento psicossocial nas nossas unidades exige continuidade. Muitas mulheres deixavam de comparecer aos encontros por falta de recursos para o transporte. Essa medida soluciona uma barreira importante no processo de recuperação e autonomia dessas mulheres”, destacou.
O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, ressaltou que o benefício valerá para todas as linhas de ônibus e metrô do DF. “É uma ação que amplia o acesso a direitos fundamentais, garantindo mobilidade a quem mais precisa.”
Ibaneis também agradeceu o apoio da bancada federal na viabilização de recursos para a construção de novas unidades de acolhimento. “Mesmo quando os recursos federais não foram suficientes, nós complementamos com orçamento do GDF, porque sabemos da importância desses espaços”, afirmou.
A expectativa do GDF é que o modelo de descentralização continue avançando, com a meta de instalar uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF.
