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Jovens e conscientes: prevenção da gravidez na adolescência

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Especialista do hospital Anchieta defende campanha para ampliar acesso à informação para adolescentes e familiares sobre o tema

A Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência é uma campanha anual em que o foco é ampliar as informações e o acesso aos dados para os jovens. Com o tema “Prevenção da gravidez na adolescência, promovendo a saúde e garantindo direitos”, a ideia é ratificar a conscientização sobre a importância da educação sexual, do uso de métodos contraceptivos e da promoção de uma vida saudável e planejada para os adolescentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como gravidez na adolescência aquela que ocorre entre 10 e 19 anos. A gestação neste período pode acarretar uma série de desafios tanto para a jovem quanto para a criança. Também interfere nos estudos da mãe e até do pai, uma vez que por vezes os jovens interrompem o curso para trabalhar, além dos problemas de ordem física e psíquica. São frequentes as complicações durante a gestação e o parto.

O coordenador médico da ginecologia/obstetrícia do Hospital Anchieta, Caio Couto, destaca que, infelizmente, tabus e mitos ainda cercam o assunto. “Para muitos adolescentes a campanha pode ser um pequeno acesso a esse direito à informação e uma grande oportunidade de mudança. Diria também não só para os adolescentes, mas também para as famílias, que podem encontrar dificuldades para debater o tema e para todos nós enquanto sociedade porque a gravidez na adolescência é um problema que atinge a todos”, frisa.

Para o especialista, outra preocupação são as ameaças à saúde da mãe adolescente. Segundo ele, há riscos aumentados, como pré-eclâmpsia e complicações, além de o bebê ter maior risco de prematuridade, baixo peso ao nascer e tantos outros riscos, para a sociedade por ser um problema da ordem de saúde pública. Para Caio Couto, é fundamental um amplo debate sobre orientação sexual nas escolas e programas que abordem o tema para sanar dúvidas e despir adolescentes de preconceitos. “Precisamos que a informação chegue a todos os adolescentes, para que eles tenham maior consciência das questões envolvidas e possam se proteger”, afirma.

Outra medida considerada fundamental, segundo o especialista, é ampliar o acesso aos métodos contraceptivos, incluindo os de longa duração, como DIU. “Os prejuízos são muitos, e para todos. A família que não está preparada para esse momento, a educação sexual que não é efetiva, não é incentivada, não é clara ou muitas vezes nem existe. A mãe que não está pronta para esse papel, não só do ponto de vista fisiológico, mas também psicológico, além da dificuldade em seguir com sua formação educacional e oportunidades de trabalho mais restritas devido aos cuidados do bebê”, finaliza Caio Couto.

Linha de cuidados para a mulher

O Hospital Anchieta conta com uma linha de cuidados exclusiva e voltada para as mulheres no Hospital da Mulher. Adolescentes devem procurar atendimento ginecológico no espaço localizado no 6º andar para realizar rotina ginecológica, planejamento familiar e retirar dúvidas sobre o tema. No mesmo ambiente, também oferecemos acompanhamento e todos os cuidados necessários para as adolescentes grávidas, que poderão fazer todo o pré-natal e os exames necessários.

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