Obras no bairro Santa Luzia são destaque entre ações para universalizar acesso a água e esgoto no DF
Brasília, 26 de maio de 2025 — Durante a abertura do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) e da Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental (Fitabes), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, destacou os avanços obtidos e os investimentos planejados na área de saneamento básico. O evento, realizado no Ulysses Centro de Convenções, reuniu especialistas e autoridades do setor, com previsão de público de cerca de 15 mil pessoas até quarta-feira (28).
Ibaneis citou as transformações em Vicente Pires, os avanços em Sol Nascente e os projetos em andamento para Santa Luzia, na Estrutural, como exemplos dos impactos positivos que obras de infraestrutura hídrica e sanitária podem gerar na qualidade de vida da população. O chefe do Executivo afirmou que o DF investirá aproximadamente R$ 3,2 bilhões até 2029 para garantir o abastecimento de água potável e a coleta de esgoto, assegurando condições sustentáveis para os próximos 50 anos.
Atualmente, o Distrito Federal conta com cobertura de água potável para 99% da população e coleta de esgoto para 96%. Desde o início da gestão de Ibaneis, em 2019, mais de R$ 1,5 bilhão já foi investido na ampliação dos sistemas de abastecimento e tratamento de esgoto, com a expectativa de alcançar a universalização dos serviços dentro dos próximos quatro anos.
Segundo o governador, o acesso ao saneamento básico está diretamente ligado à saúde pública. “Onde não há rede adequada, há doenças evitáveis. Precisamos ampliar essa consciência e cobrar investimentos sérios”, afirmou. O projeto em Santa Luzia, por exemplo, prevê um investimento de R$ 80 milhões, financiado via PAC Financiamentos e executado pela Caesb, com obras de rede de água, esgoto, drenagem, pavimentação e ações socioeducativas.
A Caesb, inclusive, é referência nacional no cumprimento do Marco Legal do Saneamento. Os dados mostram que 100% do esgoto coletado no DF é tratado, superando as metas nacionais que preveem 90% de tratamento e 99% de cobertura com água potável até 2033.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Marcel Costa Sanches, Brasília é um exemplo nacional na área. “A capital federal já atende praticamente toda a população com água de qualidade, esgoto coletado e tratado, drenagem e manejo de resíduos. É um modelo a ser replicado em todo o país”, destacou.
No caso de Santa Luzia, serão implantados 46,5 mil metros de rede de abastecimento de água, 35 mil metros de rede de esgoto, duas estações elevatórias, 5 mil metros de galerias de águas pluviais e bacias de contenção. A pavimentação do bairro também será realizada. Todas as obras terão acompanhamento social e educacional junto à comunidade local, com cursos e atividades integradas.
O presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, ressaltou que o projeto será feito em parceria com os moradores. “Vamos trabalhar lado a lado com a população, promovendo o conceito de saneamento integrado. A comunidade participará de todas as etapas”, explicou.