Hospital para animais silvestres no DF ultrapassa mil atendimentos em oito meses

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(Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

Hfaus, pioneiro no atendimento 24 horas de fauna silvestre, trata mais de mil animais desde março

Brasília, 17 de outubro de 2024 – O Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus), em Taguatinga, atingiu a marca de 1.109 atendimentos desde sua inauguração em março deste ano. A instituição, que é fruto de uma parceria entre o Brasília Ambiental e a iniciativa privada, oferece cuidados físicos, nutricionais e comportamentais para os animais resgatados, com o objetivo de reabilitá-los e devolvê-los à natureza.

O hospital conta com exames laboratoriais, oftalmologia, ultrassom, raio-X e tomografia. A estrutura é projetada para separar mamíferos, répteis e aves, evitando o contato entre predadores e presas. Cada animal recebe tratamento específico, desde casos leves até graves, como fraturas e desidratação.

Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental, destacou a importância do Hfaus e sua eficiência em atender a demanda crescente por resgates de animais silvestres. “Somos o primeiro hospital a oferecer atendimento 24 horas por dia, sete dias por semana, e isso reflete a necessidade que identificamos antes de sua criação”, afirmou.

Hospital atende animais silvestres que sofreram acidentes em rodovias ou foram resgatados feridos em incêndios florestais, por exemplo | Foto: Divulgação/Catarina Tokatjian

Recentemente, o hospital registrou um aumento de animais resgatados devido aos incêndios florestais no DF, com mais de 200 atendimentos em outubro. Muitos filhotes, que se perdem durante a migração ou fogem de áreas degradadas, são acolhidos pela equipe. Rodrigo Santos, gerente de fauna do Brasília Ambiental, enfatiza que a expansão urbana e as ações humanas estão diretamente ligadas ao aumento de acidentes envolvendo a fauna.

Diversas aves recebem atendimento depois de colisão contra vidros ou fios de tensão | Foto: Divulgação/Catarina Tokatjian

Entre os animais tratados estão tamanduás, lobos-guarás, veados-catingueiros e aves que colidem com fios de eletricidade ou vidraças. Thiago Marques, biólogo do Hfaus, reforça que a maioria dos casos é causada por interferências humanas, e a população desempenha um papel fundamental no acionamento dos serviços de resgate.

O hospital conta com uma equipe dedicada de veterinários, cuidadores e nutricionistas para garantir que os animais se recuperem e possam ser devolvidos ao Cerrado. Para acionar socorro, os cidadãos podem ligar para o Batalhão da Polícia Militar Ambiental pelo 190 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

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