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Hospital de Reabilitação de Animais Silvestres no DF se torna referência no país

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(Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

Unidade em Taguatinga já atendeu mais de 500 animais desde sua inauguração, em março deste ano

Brasília, 11 de agosto de 2024 — O Distrito Federal se destaca com um modelo pioneiro no Brasil para o atendimento a animais silvestres, com a criação do Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus), localizado em Taguatinga. Desde sua inauguração em março deste ano, o Hfaus já prestou mais de 500 atendimentos a diversas espécies de animais, consolidando-se como uma referência nacional.

Atualmente, o hospital abriga cerca de 30 animais, incluindo um filhote de veado-catingueiro, uma onça-parda, um tamanduá-bandeira, um lobo-guará, um mico e dois saruês. Desde sua abertura, passaram pela unidade 121 mamíferos, 23 répteis e 356 aves de diferentes espécies. O Hfaus opera em parceria com o Instituto Brasília Ambiental, responsável pela manutenção, e a Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV), que coordena os trabalhos.

Entre os novos pacientes do Hfaus está um filhote de veado-catingueiro, que chegou ao hospital em 20 de julho, desidratado e com uma lesão na cabeça, encontrado em Sobradinho. Outro caso recente é o de uma pequena onça-parda, resgatada em Formosa (GO), que foi encontrada desidratada e com problemas de crescimento. Além desses, o hospital cuida de um lobo-guará vítima de atropelamento, que já passou por cirurgia ortopédica, e aves que colidiram com vidraças, além de miquinhos que sofreram choques elétricos.

Thiago Marques, biólogo responsável pelo Hfaus, explica que os animais chegam ao hospital por diversas razões, nem sempre claras. “Eles passam por uma triagem e são direcionados para a recuperação adequada”, afirmou. A unidade está equipada para realizar exames laboratoriais, oftalmológicos, ultrassonografias, raio-X e tomografias, permitindo uma ampla gama de tratamentos.

O hospital é organizado em diferentes alas para separar os predadores das presas, além de separar mamíferos, répteis e aves. O tratamento de cada animal é individualizado, considerando suas necessidades específicas. Bruna Nascimento, bióloga responsável pelo setor de nutrição, enfatiza que a alimentação é cuidadosamente planejada por um zootecnista, adaptando-se ao estado de saúde de cada animal.

O objetivo final do Hfaus é reabilitar os animais para que possam retornar à natureza. Esse processo é conduzido pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que coordena a soltura dos animais após sua recuperação. Alguns dos animais que já foram devolvidos ao seu habitat incluem macacos, tucanos, araras e um tamanduá-bandeira.

Vilma dos Reis, bióloga e técnica administrativa do hospital, destaca que o Hfaus não atende diretamente ao público, recebendo animais apenas por meio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros. Ela reforça a importância de acionar as autoridades em casos de animais silvestres feridos, evitando o contato direto e garantindo que os animais sejam encaminhados ao local adequado para tratamento e eventual retorno ao seu habitat natural.

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