Fiscalização e campanhas de segurança refletem em menor número de atendimentos críticos
Brasília, 12 de março de 2025 — O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) registrou uma redução expressiva no número de atendimentos a pacientes graves durante o Carnaval deste ano. Segundo dados do Serviço de Cirurgia do Trauma, apenas 14 pacientes foram encaminhados à Sala Vermelha, setor destinado aos casos mais críticos, entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março.
Os acidentes automobilísticos, que tradicionalmente representam uma parte significativa dos atendimentos de trauma, registraram queda no número de vítimas graves: somente dois motociclistas e um motorista precisaram de cuidados intensivos na Sala Vermelha. Por outro lado, a Sala Amarela, voltada para casos moderados, atendeu 184 pessoas, das quais 58% receberam alta hospitalar após avaliação, e 30% precisaram de acompanhamento por outras especialidades médicas.
Em comparação com o Carnaval de 2024, a melhora é nítida. No mesmo período do ano passado, 17 pacientes graves deram entrada na Sala Vermelha e 187 foram atendidos na Sala Amarela. Além disso, não houve registros de ferimentos por arma de fogo ou arma branca em 2025, o que representa um avanço importante na segurança dos blocos de rua. “Em 2024, tivemos 12 casos relacionados a armas, enquanto neste ano não registramos nenhum durante o Carnaval”, destacou Renato Lins, chefe do Serviço de Cirurgia do Trauma do HBDF.
Cirurgias de emergência e casos críticos
Apesar da redução nos casos mais graves, o Centro Cirúrgico do HBDF realizou quatro procedimentos de emergência durante o período de Carnaval. Um dos atendimentos mais delicados envolveu um paciente vítima de atropelamento, que entrou no Protocolo Onda Vermelha, fluxo recém-implantado para dar prioridade a pacientes em estado crítico. Segundo Renato, o paciente apresentava traumatismo cranioencefálico grave e hemorragia intra-abdominal, exigindo intervenção imediata.
Segurança e conscientização
Para Renato, a queda no número de atendimentos graves reflete o resultado de um conjunto de ações, como o reforço na fiscalização de trânsito, campanhas educativas e estratégias de segurança pública. “Os números mostram que houve um Carnaval mais seguro. A redução nos acidentes graves e nos casos de violência aponta que a população está mais consciente dos riscos. No entanto, seguimos atentos e preparados para qualquer emergência que possa surgir”, afirmou o médico.
A expectativa é que essas iniciativas continuem sendo mantidas e aprimoradas nos próximos eventos, garantindo ainda mais segurança para a população do Distrito Federal.