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Hospital de Base do DF realiza procedimento inovador para tratar arritmias cardíacas

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(Fotos: Alberto Ruy/ IgesDF)

Técnica minimamente invasiva representa avanço no tratamento dentro da rede pública

Brasília, 11 de fevereiro de 2025 — O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) tornou-se a primeira unidade de saúde 100% SUS a realizar uma ablação com aplicação de pulso de elétrons (PFA) para o tratamento de arritmias cardíacas. O procedimento minimamente invasivo não requer centro cirúrgico, UTI, anestesia geral ou internação prolongada, trazendo benefícios significativos para pacientes e para o sistema público de saúde.

De acordo com o cardiologista Henrique Cesar de Almeida, a fibrilação atrial — uma das arritmias mais comuns — afeta cerca de 10% da população brasileira acima dos 80 anos e está associada a condições como hipertensão, diabetes e doença de Chagas.

Avanço tecnológico

A eletrofisiologista Carla Septimio Margalho, supervisora do Programa de Residência em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva do HBDF, explicou que a técnica é revolucionária. “A PFA permite a realização da ablação com mais segurança e eficiência. O procedimento é um marco no tratamento de arritmias e já apresenta resultados promissores.”

Com a nova técnica, uma operação que poderia durar até 10 horas é resolvida em cerca de 55 minutos

Tradicionalmente, o tratamento de arritmias exigia longas horas em centro cirúrgico e internação em UTI. Com a nova técnica, o tempo de sala foi reduzido para aproximadamente 55 minutos, e o paciente pode receber alta em poucos dias, otimizando os recursos do hospital.

Primeiros procedimentos bem-sucedidos

Os primeiros pacientes submetidos à nova técnica foram um homem e uma mulher, ambos hipertensos, um deles com histórico de infarto. Os procedimentos foram concluídos com sucesso e sem intercorrências.

Um homem e uma mulher foram os primeiros pacientes submetidos à nova técnica no HBDF; ambos os procedimentos não tiveram intercorrências

Perspectivas para o SUS

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que administra o HBDF, manifestou interesse em adquirir os insumos necessários para tornar o procedimento permanente na unidade.

“A adoção dessa técnica no SUS representaria um avanço significativo para a saúde pública, beneficiando milhares de pacientes com arritmias cardíacas e melhorando sua qualidade de vida”, afirmou Carla Margalho.

Com essa inovação, o Hospital de Base consolida sua posição como referência em cardiologia, abrindo caminho para novas possibilidades de tratamento no Sistema Único de Saúde.

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