Medida visa proteger trabalhadores do SLU durante o período crítico de baixa umidade e altas temperaturas em Brasília
Brasília, 10 de setembro de 2024 – Em resposta à seca mais severa já registrada no Brasil e à baixa umidade do ar em Brasília, o Governo do Distrito Federal (GDF) alterou o horário de trabalho dos mais de 4.500 funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Desde agosto, os garis que atuam nas 35 regiões administrativas da capital começaram a trabalhar das 6h às 14h20, uma hora mais cedo do que o habitual.
Além da mudança no horário, os trabalhadores recebem semanalmente itens essenciais para enfrentar as condições climáticas extremas, como protetor solar com repelente, protetor labial, soro fisiológico, garrafinha de água, toalha e óculos de proteção. Eles também foram equipados com uniformes de manga longa, bonés com proteção para o pescoço e orientações sobre como se proteger das altas temperaturas.

Everaldo Araújo, subdiretor de Gestão e Limpeza Urbana do SLU, explicou que essas medidas continuarão até o início das chuvas e que o protocolo de proteção é uma iniciativa recorrente para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores durante os períodos de calor intenso. “Eles cuidam das cidades, e é preciso cuidar deles também”, destacou Araújo.
Para Ilza Santos da Silva, 36 anos, e Manoel José Duarte, 54 anos, garis com anos de experiência no SLU, as mudanças trouxeram melhorias significativas no cotidiano. Ilza, que trabalha há 11 anos no setor, enfatizou a importância dos cuidados extras durante a seca, como o uso de soro fisiológico para facilitar a respiração. Já Manoel, há três anos no SLU, afirmou que a alteração no horário de trabalho o deixou mais produtivo e com mais disposição para realizar atividades pessoais fora do expediente.

Seca histórica e baixa umidade
O Distrito Federal enfrenta a pior seca dos últimos anos, com mais de 130 dias sem chuvas. Na última semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho, indicando níveis de umidade abaixo de 12%, muito aquém dos 60% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A previsão indica que chuvas isoladas podem ocorrer entre o fim de setembro e início de outubro, com precipitações mais significativas apenas no próximo mês.