Enquanto o mercado formal registra queda de 32% nas contratações de mulheres em 2023, o empreendedorismo feminino segue em trajetória oposta no Brasil. Com mais de 10,3 milhões de mulheres à frente de negócios, segundo o Sebrae, o país alcança o maior índice desde 2016
O mercado de trabalho formal no Brasil registrou uma queda significativa no saldo de empregos femininos em 2023. Segundo dados do Painel de Informações do Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertos 642.892 postos formais ocupados por mulheres, uma redução de 32% em relação a 2022.
Apesar do recuo no mercado formal, o empreendedorismo feminino segue em trajetória de crescimento no Brasil, consolidando-se como alternativa para geração de renda, autonomia financeira e transformação social. De acordo com o estudo Empreendedorismo Feminino 2022, do Sebrae, o país soma atualmente 10,3 milhões de mulheres donas de negócios, um aumento de 30% em relação ao ano anterior, o maior índice desde 2016. Elas já representam 34,4% dos empreendedores brasileiros, com forte atuação no setor de serviços.
Os dados são reforçados pelo relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, que aponta que as mulheres já representam 51% dos negócios na fase inicial, demonstrando que, mesmo diante de desafios econômicos e estruturais, elas estão cada vez mais buscando o empreendedorismo como caminho de desenvolvimento e independência.
Para a empresária Sheila Zanchet, que construiu uma trajetória de mais de 25 anos nos setores de agronegócio e varejo de chocolates finos, esses números refletem a força e a resiliência das mulheres brasileiras.
“Esses dados mostram que, quando o mercado fecha portas, as mulheres criam as suas. Empreender, para muitas, é uma questão de necessidade, mas também de propósito e transformação.”, afirma.
Ela reforça que o crescimento no número de empreendedoras também exige mais suporte, acesso a capacitação, crédito e redes de apoio.
“O desafio agora é transformar esse crescimento em negócios sustentáveis, sólidos e de impacto. Isso só acontece quando existe apoio, qualificação e incentivo.”, completa.
Além da atuação empresarial, Sheila também é fundadora do Instituto Sow, uma organização sem fins lucrativos criada em 2017, que atua na transformação de vidas de crianças e suas famílias em situação de vulnerabilidade. O nome Sow significa “semear”, e reflete o propósito da instituição: semear oportunidades por meio da educação, assistência social e desenvolvimento humano. Atualmente, mais de 1.500 pessoas já foram impactadas pelos projetos do instituto.
Sheila também foi uma das participantes do MEP Conference — Maior Conferência de Empreendedorismo Feminino de Mato Grosso, realizado nos dias 24 e 25 de maio, onde debateu, ao lado de outras lideranças, os desafios e oportunidades do empreendedorismo feminino no país.
“Quando uma mulher empreende, ela não está apenas mudando a própria vida. Ela impacta sua família, sua comunidade e movimenta a economia. Esse é o verdadeiro poder do empreendedorismo feminino.”, finaliza.
O cenário confirma que o empreendedorismo feminino é, cada vez mais, um motor de desenvolvimento econômico e social no Brasil, capaz de gerar emprego, renda e transformação de realidades.
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