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Distrito Federal lidera índices de aleitamento materno

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(Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

Capital supera médias nacionais em amamentação exclusiva e continuada

Brasília, 3 de junho de 2025 — O Distrito Federal reafirma sua posição de destaque no cenário nacional quando o assunto é aleitamento materno. Dados do Boletim Informativo de Estado Nutricional e Consumo Alimentar (2024), divulgado pela Gerência de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), mostram que 67% dos bebês de até 6 meses são alimentados exclusivamente com leite materno. Já entre as crianças de 6 meses a 2 anos, 73,4% continuam sendo amamentadas — índices superiores às médias nacionais de 56% e 61%, respectivamente.

Os resultados representam não apenas um avanço em relação ao panorama nacional, mas também uma melhora em comparação com os próprios números do DF no ano anterior. Em 2023, a taxa de amamentação exclusiva era de 66,2%, e a de amamentação continuada, de 66%. O crescimento registrado foi de 1,21% e 11,21%, respectivamente.

Esse desempenho positivo é reflexo direto do fortalecimento das políticas públicas de saúde materno-infantil. A Rede Distrital de Banco de Leite Humano, composta por 14 bancos e sete postos de coleta, é considerada modelo em todo o país. Além da coleta e distribuição de leite, a rede foca no acolhimento e orientação às mães, oferecendo acompanhamento até que o bebê esteja amamentando adequadamente.

“A rede de bancos de leite é a base de nossas estratégias de promoção do aleitamento. Mais de 70% das ações envolvem apoio e educação em saúde para mães e famílias”, explica Graça Cruz, coordenadora do Centro de Referência em Banco de Leite Humano da SES-DF.

Outro pilar da política de aleitamento é o investimento em qualificação. A SES promove capacitações semestrais para profissionais de saúde, fortalecendo o aconselhamento em amamentação. A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil também tem sido implementada nas unidades básicas de saúde, com foco na orientação prática e acompanhamento infantil.

O DF também adota medidas do Ministério da Saúde, como o programa Hospital Amigo da Criança. Atualmente, 80% das maternidades da capital estão credenciadas. Outro exemplo é o Método Canguru, que incentiva a amamentação de bebês prematuros, com destaque para o Hospital Regional de Taguatinga.

Com foco na mulher trabalhadora, o Governo do Distrito Federal regulamentou, em 2023, a instalação de Salas Douradas em órgãos públicos. Esses espaços permitem à mãe manter o aleitamento após retornar ao trabalho, combatendo o desmame precoce.

Duas regiões de saúde se destacaram no levantamento mais recente. A Região Norte apresentou 72,58% de amamentação exclusiva até os 6 meses, impulsionada por unidades de Sobradinho e Planaltina. Já a Região Leste obteve 76,7% de continuidade do aleitamento até os 2 anos.

O leite materno é rico em nutrientes, fatores imunológicos e elementos essenciais ao desenvolvimento do cérebro dos bebês

O leite materno é considerado o “padrão ouro” da alimentação infantil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele fornece nutrientes essenciais, fortalece o sistema imunológico e colabora no desenvolvimento neurológico. “Estudos comprovam os benefícios do aleitamento na infância e ao longo da vida, desde o aumento do QI até a prevenção de doenças como diabetes, hipertensão e obesidade”, reforça Graça Cruz.

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