Distrito Federal formaliza programa inovador de gerenciamento do sangue do paciente

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PBM busca modernizar práticas de saúde e otimizar o uso de sangue nos hospitais do DF

Brasília, 2 de janeiro de 2025 – O Governo do Distrito Federal (GDF) formalizou, por meio de portaria publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (2), o Programa de Gerenciamento do Sangue do Paciente (PBM). Coordenado pela Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), o PBM é uma metodologia reconhecida internacionalmente que visa aprimorar o cuidado aos pacientes, melhorar os resultados clínicos e reduzir transfusões desnecessárias.

A iniciativa será implementada, inicialmente, em quatro unidades-piloto: o Hospital de Base do Distrito Federal, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o Hospital da Criança de Brasília (HCB). Para coordenar a adoção da metodologia, foi criada uma câmara técnica liderada pelo médico hematologista Marcelo Jorge Carneiro, chefe da unidade técnica da FHB.

Neste primeiro momento, o PBM será implantado no Hospital de Base do Distrito Federal, no Hran, no HUB e no Hospital da Criança de Brasília | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

“Essa portaria formaliza o PBM como política de saúde, consolidando o reconhecimento de uma abordagem moderna para o manejo da transfusão de sangue. Trata-se de uma evolução da política de uso racional do sangue que já praticamos na hemorrede do DF, agora ampliada e fortalecida”, destacou Marcelo Jorge.

O que é o PBM

O PBM (Patient Blood Management) é uma abordagem multidisciplinar que prioriza o cuidado individualizado do paciente, focando em estratégias preventivas para preservar o sangue do próprio usuário e limitar transfusões. Entre as ações estão o manejo adequado da anemia, a conservação do sangue do paciente e o uso criterioso de transfusões, garantindo mais segurança e eficácia nos tratamentos.

Reconhecido internacionalmente, o PBM foi aprovado pela Assembleia Mundial da Saúde em 2010 e adotado como padrão pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2011. Países como Austrália e membros da União Europeia já aplicam amplamente o programa. No Brasil, estados como São Paulo e Ceará também avançaram na implementação.

Com a introdução do PBM no DF, espera-se modernizar a gestão do sangue nos hospitais locais, promovendo eficiência e elevando o padrão de atendimento na saúde pública. “O PBM não é apenas uma política de redução de custos, mas uma prática que oferece melhores resultados para os pacientes e racionaliza o uso dos recursos disponíveis, beneficiando todo o sistema de saúde”, concluiu Marcelo Jorge.

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