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Dia da Pessoa com Altas Habilidades reforça inclusão e apoio a estudantes superdotados no DF

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(Foto: Felipe Noronha/SEEDF)

Distrito Federal celebra data com foco no desenvolvimento e no atendimento especializado

Brasília, 11 de novembro de 2024 – Na sala de aula do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 08 de Sobradinho, a estudante Lorrane Tintino da Silva Santos, do quarto ano, surpreendeu professores pela facilidade com Matemática e Ciências. Esse potencial a levou a participar de um programa voltado para alunos com altas habilidades. A partir daí, Lorrane passou a frequentar a sala de recursos da escola, onde, durante dez anos, desenvolveu sua criatividade e raciocínio lógico em atividades desafiadoras até concluir o ensino médio.

Hoje, Lorrane vê o impacto desse apoio especializado em sua trajetória e carreira: “Como mulher negra da periferia, participar de feiras de ciências e congressos foi transformador. Hoje sou professora de Matemática na mesma escola onde tudo começou.” A CEF 08 de Sobradinho é referência na educação de estudantes com altas habilidades ou superdotação, e o DF celebra em 11 de novembro o Dia da Pessoa com Altas Habilidades e Superdotação, instituído em 2014 para conscientizar sobre as características e os desafios desses estudantes.

Atendimento especializado e inclusão

O Ministério da Educação (MEC) define como estudantes com altas habilidades aqueles que demonstram elevado potencial em áreas como intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. No DF, a Secretaria de Educação adota o modelo teórico de Joseph Renzulli, combinando o Modelo dos Três Anéis e o Enriquecimento Escolar, para identificar e atender alunos com altas habilidades.

“A metodologia busca reconhecer a singularidade de cada estudante,” afirma a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. “Nosso objetivo é proporcionar um ambiente de desenvolvimento integral, onde talentos possam florescer com o apoio de toda a comunidade escolar.”

Evolução das políticas públicas

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) no DF começou nos anos 1970 e foi formalizado em 1976 com a criação de núcleos de atividades para estudantes com altas habilidades. Esse pioneirismo foi reforçado ao longo das décadas com políticas públicas, incluindo a criação de salas de recursos específicas para estudantes com AH/SD em 2005. Atualmente, esses espaços atendem alunos de 4 a 17 anos da rede pública e privada, com atividades no contraturno escolar.

Nos últimos anos, a legislação local evoluiu com medidas como a Resolução CEDF nº 1/2017, que permitiu maior flexibilidade curricular para esses alunos, e a criação da Frente de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente com AH/SD na Câmara Legislativa do DF. Um projeto recente, em tramitação, visa reforçar as diretrizes para o desenvolvimento desses estudantes e capacitar professores para identificar e trabalhar adequadamente com eles.

Impacto transformador

Para estudantes como Lorrane, que encontrou na educação uma mudança de vida, o atendimento especializado foi essencial. Desde a primeira sala de recursos nos anos 1970 até as iniciativas atuais, o DF mantém uma posição de vanguarda no atendimento e na inclusão de estudantes com altas habilidades. Com o fortalecimento contínuo das políticas e o apoio de profissionais capacitados, o DF segue promovendo uma educação inclusiva e transformadora para todos

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