Ação da Vigilância Ambiental de Zoonoses integra capacitação técnica com apoio da UnB e do Ministério do Meio Ambiente
Brasília, 4 de junho de 2025 – Cerca de 60 cães da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses do Distrito Federal foram microchipados em uma ação voltada ao controle e rastreabilidade da população animal. A medida faz parte de um projeto maior que envolve treinamento de profissionais e o uso de tecnologias para facilitar a identificação e o histórico de cuidados dos animais.
A capacitação, realizada no fim de maio, reuniu veterinários de instituições públicas e privadas, entre eles servidores da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), da Secretaria de Saúde do DF. Os participantes foram instruídos sobre o processo de microchipagem e o uso do Sistema Nacional de Cadastro de Animais Domésticos (SinPatinhas), uma plataforma gratuita para o registro de cães e gatos.
“O registro é fundamental para que os animais adotados tenham vínculo legal com seus tutores. Em caso de fuga, o chip permite que eles sejam facilmente identificados e devolvidos”, explicou Camila Cibele Rodrigues, gerente da Zoonoses.
O microchip é um pequeno dispositivo de radiofrequência, implantado sob a pele do animal. Ele contém um código único de 15 dígitos, com validade de até 20 anos. O dispositivo é seguro, indolor e não possui GPS – sua leitura só é possível com equipamentos específicos.
Para Mayara Rosa, gerente substituta da Zoonoses, o microchip representa um grande avanço. “Ao contrário das coleiras, ele não pode ser perdido ou adulterado. Isso assegura a rastreabilidade completa, inclusive com o histórico de vacinas e atendimentos”, afirmou.
A capacitação foi promovida pela Universidade de Brasília (UnB), com apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), como parte do Programa Nacional de Manejo Ético Populacional de Cães e Gatos (ProPatinhas).
“A proposta é estimular a guarda responsável e integrar informações de saúde, como vacinação e castração, ao CPF do tutor”, destacou a professora Lígia Cantarino, da UnB.
A próxima fase do projeto prevê a criação de postos-piloto para microchipagem gratuita da população pet, permitindo o cadastramento e acompanhamento dos animais de forma padronizada e nacional.