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Cuidados na automedicação em casos de dengue

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(Foto: Geovana Albuquerque)

É essencial estar atento aos cuidados necessários ao tratar os sintomas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti

Da Redação

Brasília, 2 de março de 2024 – Com o crescimento dos casos de dengue, é importante estar ciente dos cuidados ao tratar os sintomas da doença. Diferentemente de outras enfermidades, não há um medicamento específico para o tratamento da dengue, que se concentra em aliviar os sintomas conhecidos, como dor de cabeça, dor no corpo, febre, enjoos, vômitos e manchas vermelhas.

Vários dos desconfortos comuns da doença podem ser tratados com medicamentos de venda livre, sem necessidade de receita médica. Por isso, é comum que muitas pessoas optem pela automedicação ao suspeitarem de dengue. No entanto, essa prática não é recomendada e pode agravar o quadro clínico do paciente.

A médica Andrea Franco Amoras Magalhães, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), alerta que medicamentos como anti-inflamatórios e aspirina não devem ser utilizados por pacientes com dengue, pois podem aumentar o risco de evolução para dengue hemorrágica.

Segundo a especialista, é comum o uso de dipirona e paracetamol no tratamento dos sintomas da dengue. No entanto, apenas um profissional de saúde deve prescrever a dosagem e o período de ingestão de cada medicamento, de acordo com o caso clínico de cada paciente.

“Recomendamos que os medicamentos sejam usados dentro da dose permitida por dia. Os antitérmicos, por exemplo, devem ser tomados a cada seis ou oito horas, em algumas situações a cada quatro horas. No entanto, quem determinará isso será o médico”, continua a especialista.

Outro risco é a superdosagem desses medicamentos, que pode levar a casos de intoxicação. “O uso irregular dos medicamentos pode causar hepatotoxicidade, danificando o fígado e até levando à insuficiência hepática”, detalha um servidor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Busque atendimento médico

Como cada caso de dengue é único, é crucial buscar atendimento médico para garantir um tratamento seguro e eficaz, evitando complicações. No Distrito Federal, existem 176 unidades básicas de saúde (UBSs) que atendem casos suspeitos de dengue, sendo que 11 delas têm horário especial noturno.

Para casos mais graves, classificados como grupos C e D, que envolvem dores abdominais intensas, vômitos persistentes, sangramento no nariz, na boca ou nas fezes, tonturas e extremo cansaço, os pacientes devem procurar uma das 13 unidades de pronto atendimento (UPAs) na capital.

Além das UBSs e UPAs, o Governo do Distrito Federal (GDF) disponibiliza tendas de atendimento à população, das 7h às 19h, em várias administrações regionais, incluindo Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Sobradinho, São Sebastião, Estrutural, Recanto das Emas, Brazlândia e Santa Maria.

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