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Cafeicultoras se unem para fortalecer cadeia produtiva do grão no DF

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(Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília)

Associação Elo Rural busca consolidar café brasiliense no mercado nacional e internacional

Brasília, 7 de julho de 2024 – Seja para começar o dia com energia ou acompanhar um lanche da tarde, o café é presença constante na mesa de milhares de brasileiros. No Distrito Federal, mais de 100 agricultores cultivam o grão em uma área de aproximadamente 400 hectares. Com o objetivo de ampliar a presença do produto local no mercado nacional e internacional, foi criada a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural).

Fundada em janeiro deste ano, a associação já conta com 26 membros e recebe suporte técnico do Governo do Distrito Federal (GDF) através da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), que oferece apoio integral aos agricultores, desde o plantio até a colheita. Todos os cargos de liderança na associação são ocupados por mulheres, e os membros vêm de todo o Centro-Oeste.

“O pequeno produtor só cresce quando está junto”, destaca a presidente da Elo Rural, Lívia Tèobalddo. Ela explica que a associação começou com duas pequenas produtoras que criaram um grupo de WhatsApp para compartilhar conhecimentos sobre a cadeia produtiva do café. A iniciativa cresceu, atraindo mais produtores e especialistas, e levou à formalização do movimento. “Queremos colocar o Distrito Federal no mapa mundial de cafés especiais”, afirma.

Em uma reunião no final de junho, a Elo Rural e a Emater discutiram medidas para expandir a produção de café. As produtoras apresentaram amostras dos cafés dos associados, promoveram degustações e entregaram um documento com demandas do setor à diretoria da Emater.

Incentivos

As demandas incluem a criação de um programa de incentivo à produção de café, a revitalização do programa Brasília Qualidade no Campo, a promoção de cursos de capacitação para produtores e colaboradores, e o apoio com crédito rural. Os cafés produzidos pela associação estão à venda na Florada Café, na 216 Norte.

Lívia começou na cafeicultura em 2023, quando seu pai teve que se afastar da gestão da chácara da família por problemas de saúde. “Eu não tinha nenhuma experiência, era da área jurídica, mas aceitei o desafio”, conta. “Escolhi o plantio agroflorestal, com açaí e café”. O plantio do café começará em dezembro, com 4 mil mudas dos tipos arara e catuaí-amarelo.

Café arábica: qualidade e sabor

O café plantado no DF é do tipo arábica, conhecido por seu sabor mais doce. Segundo Bruno Caetano, técnico da Emater, esse café se desenvolve bem em altitudes elevadas e temperaturas amenas, características comuns no DF. “Os cuidados com o solo e o armazenamento resultam em cafés especiais de maior valor agregado”, explica.

A Emater oferece orientação técnica, palestras e a emissão do Certificado de Agricultor Familiar (CAF). Produtores mais novos são levados para conhecer as práticas dos mais experientes, para entender os desafios e as vantagens do cultivo de café.

Avaliação e novos produtos

Cafés produzidos pelos associados foram analisados por K.J. Yeung, avaliador sensorial internacional, recebendo pontuações de 82 a 86,6. A vice-presidente da Elo Rural, Flávia Penido, obteve a pontuação mais alta. Flávia começou a cultivar café em 2022 e, além do grão torrado e moído, comercializa a casca do café, que possui propriedades medicinais.

Maria José Rodrigues Ferreira, diretora financeira da Elo Rural, planta café há cerca de uma década. Ela cultiva o arábica do tipo catuaí-vermelho e vende os grãos por cerca de R$ 100 o quilo em sua chácara. “A união dos produtores e a criação da Elo Rural mudaram minha visão sobre o cultivo”, afirma. “Agora vejo que pode me render muito, e estou estudando para aprender mais sobre esse mundo”.

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