52 linhas de ônibus do Distrito Federal deixam de aceitar pagamentos em dinheiro

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Usuários devem utilizar meios eletrônicos para pagamento a partir desta segunda-feira (1º)

Brasília, 1 de julho de 2024 – A partir desta segunda-feira, 52 linhas de ônibus do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal não aceitam mais dinheiro como método de pagamento. Agora, os passageiros devem utilizar exclusivamente meios eletrônicos para adquirir bilhetes, aceitando cartões de transporte e bancários, além de dispositivos com tecnologia de pagamento por aproximação, como smartphones, smartwatches e pulseiras inteligentes.

Novo sistema traz vantagens para usuários e servidores das linhas de ônibus | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

A mudança visa trazer mais modernidade, segurança e praticidade aos usuários. Inicialmente, a transição abrange 5,65% das 919 linhas existentes, incluindo dez linhas da Piracicabana, 15 da Pioneira, sete da Urbi, dez da Marechal e dez da BsBus.

Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade, destaca que a transição está sendo feita de forma gradativa e monitorada pela pasta. “Estamos monitorando o acesso dos usuários que ainda tentam pagar em dinheiro. São poucas intercorrências, mostrando que a estratégia de começar pelas linhas com pouco pagamento em espécie foi acertada. Vamos acompanhar ao longo da semana e estabelecer protocolos para os usuários que não têm outra forma de pagar”, afirma.

Facilidade no acesso a créditos

Para facilitar a adaptação, há 128 postos de atendimento disponíveis para recarga e solicitação de cartões de bilhetagem, aceitando pagamentos em dinheiro, cartões de crédito e débito. O aplicativo BRB Mobilidade também permite a aquisição de créditos de transporte via Pix.

Existem seis tipos de cartões no Sistema de Bilhetagem: Mobilidade, Vale-Transporte, Estudantil, Especial, Criança e Sênior. Os dois primeiros permitem até três embarques no mesmo sentido, no prazo máximo de três horas, com a tarifa máxima de R$ 5,50.

Opiniões dos usuários

Natália Almeida: “Facilita muito o pagamento, especialmente para quem não anda com dinheiro na carteira ou antes precisava sacar”

A servidora pública Natália Almeida, 29, vê a mudança como prática: “Facilita muito o pagamento, especialmente para quem não anda com dinheiro na carteira”. Viviana Vasconcelos, 33, acredita que a mudança também traz mais segurança: “O dinheiro acaba sendo um atrativo para criminosos, então é uma forma de evitar a violência no transporte público”.

Desuso do dinheiro

Estudos da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob) mostram que o uso do dinheiro como método de pagamento está em desuso. Em 2023, apenas 31% dos pagamentos foram efetuados em dinheiro, representando R$ 278,5 milhões.

Atualmente, as passagens dos coletivos do DF custam R$ 5,50 (longa e metrô), R$ 3,80 (ligação de RAs) e R$ 2,70 (curta). No entanto, o valor máximo da passagem integrada para quem utiliza cartão de transporte é de R$ 5,50, mesmo que o passageiro cumpra trajetos de diferentes preços.

Confira aqui a lista completa dos ônibus que aceitam cartões.

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